[Review] A Pizza Delivery: Quando a Realidade se Dobra
- Ju Puccia
- 7 de nov.
- 2 min de leitura
"A Pizza Delivery" é um jogo independente criado por Eric Osuna e publicado pela Dolores Entertainment, lançado em novembro de 2025 para PC, PS5 e Xbox Series. Ele se destaca por seu estilo narrativo contemplativo e atmosfera surreal, onde o jogador assume o papel de B, uma entregadora de pizza em sua última rota do dia. O que começa como uma tarefa mundana rapidamente se transforma em uma jornada estranha e introspectiva.
"A Pizza Delivery" é uma obra belamente construída, que mistura exploração e quebra-cabeças com uma narrativa surreal e provocativa. A jornada de B, a entregadora, começa com uma última entrega — e termina em um mergulho profundo no desconhecido.
A última entrega — e o início de tudo
A jornada começa com B indo entregar sua última pizza. Mas ao chegar ao destino, o mundo muda. Portas se abrem para lugares impossíveis, o tempo parece se distorcer, e B é levada por uma rota que desafia a realidade. A entrega se transforma em uma travessia emocional e simbólica.
Narrativa desconfortável e intrigante
A força de "A Pizza Delivery" está em sua narrativa. Não há explicações claras, nem pistas evidentes — o jogador é lançado em um mundo onde a lógica parece se dobrar. A entrega da pizza se torna um símbolo: um portal para histórias não contadas, arrependimentos e conexões humanas.
A personagem B é silenciosa, mas suas ações e os ambientes que atravessa revelam camadas emocionais profundas.
A narrativa oscila entre o desconforto e o fascínio, com momentos de introspecção que desafiam o jogador a interpretar o que está acontecendo.
Visualmente, o jogo é belíssimo, com cenários que parecem flutuar entre sonhos e memórias. Cada ambiente é cuidadosamente construído para provocar curiosidade e desconforto.
A trilha sonora e os efeitos sonoros reforçam o clima de inquietação, criando uma sensação constante de que algo está fora do lugar.
Quebra-cabeças sem instruções
Os puzzles são parte essencial da experiência, mas não oferecem nenhuma orientação. Isso pode ser frustrante para alguns, mas é intencional: o jogo quer que você se perca, que explore, que tente e falhe. Cada quebra-cabeça é uma peça de um mundo que se recusa a ser decifrado facilmente.
Não há HUD, dicas ou tutoriais — apenas você, B, e o mundo surreal à sua frente.
A ausência de pistas reforça o sentimento de isolamento e mistério.
Ele não é feito para ser fácil — é feito para ser sentido.
Assista abaixo a nossa gameplay:
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