[Análise] CONCIERGE - jogo indie brasileiro de terror
- Ju Puccia

- 17 de set.
- 2 min de leitura

Concierge mergulha o jogador em um hotel desolado, soterrado por uma nevasca, onde o tempo parece suspenso e a lógica se dissolve. A ambientação é sufocante e melancólica, com uma estética noir e elementos de horror analógico lo-fi que evocam desconforto constante. Cada sala é um microcosmo de estranheza, com hóspedes perdidos e realidades fragmentadas que desafiam qualquer senso de normalidade.
Assista à primeira parte da gameplay aqui (cuidade com spoilers do jogo):
🔍 Atenção aos Mínimos Detalhes
Nada é entregue de bandeja. O jogo exige uma observação minuciosa: sombras, estática, objetos aparentemente irrelevantes — tudo pode esconder uma pista vital. A filmadora Parasonik, sua única ferramenta real, permite capturar fragmentos de realidade e ilusões de ótica, mas o jogador precisa aprender a usá-la intuitivamente, sem tutoriais ou instruções claras. É um convite à paranoia investigativa.
🧠 Ajuda Opcional, Mas Não Confortável
Apesar de haver formas de pedir ajuda dentro do jogo, elas são enigmáticas e não convencionais. Concierge não segura sua mão — ele desafia, confunde e provoca. A sensação é de estar sempre à beira de um entendimento que escapa por entre os dedos.
🎵 Trilha Sonora Propositalmente Irritante
A trilha sonora é um experimento de cacofonia e alucinação auditiva. Sons repetitivos, distorções e ruídos incômodos compõem uma paisagem sonora que amplifica a ansiedade e o desconforto. É como se o próprio som conspirasse contra a sanidade do jogador.
🎨 Estética Noir e Horror Analógico
Visualmente, Concierge é ousado. Os gráficos misturam decadência psicológica com uma paleta sombria e granulada, evocando filmes noir e pesadelos digitais. Cada sala tem uma estética própria, mas todas compartilham a sensação de estar preso em um mundo que se desfaz aos poucos.
📖 Narrativa Fragmentada e Revelações Progressivas
A história não é linear — ela se revela aos poucos, conforme o jogador desvenda enigmas e interage com os hóspedes. Cada encontro é uma peça de um quebra-cabeça maior, costurado por temas de memória, ambição artística e perda. O final não é apenas uma conclusão, mas uma revelação que rescontextualiza tudo o que veio antes.
Desenvolvida pela KODINO e distribuída pela Digital Tribe, o jogo está disponível a partir de hoje AQUI!
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